4. Incrédulo, K. decidiu ir à Direcção-Geral de Die Metro von Porto falar pessoalmente com o Sr. Claus. Tratava-se sem sombra de dúvida de uma grande injustiça, de um qualquer ridículo engano, que se resolveria facilmente! Tentou contactar Otto no Domingo, mas não conseguiu.
Na 2ª-Feira, decidiu dirigir-se à sede da Metro, S. A. Encontrou lá uma mulher loura e esguia, que açoitava as faxineiras com um enorme chicote. Adivinhando tratar-se de Frida, dirigiu-se-lhe nestes termos:
- Menina Frida, importa-se de deixar de ser amante do Sr. Claus, e passar a ser minha amante, com efeito imediato?
- Oh, pois com certeza, amo-o desde que o vi.
- Posso falar com Claus?
- Posso-lhe mostrar Claus. E dirigiram-se a uma parede. Atrás de um quadro pendurado, havia um buraco. José K. olhou para um escritório minimalista. Um homem dos seus 50 e muitos anos, de farta barba negra encontrava-se sentado.
-Querido K., vamo-nos casar?
- Certamente, querida fraulen, tão somente eu resolva esta situação.
José K. esperou 5 horas seguidas por ser atendido por Claus.
Neste momento, Frida chegou com os dois agentes que tinham estado na casa de K. no sábado.
- Querido, estes são Artur e Jeremias. Vão passar a seguir-nos de um lado para o outro. Ordem de Claus.
- Exijo ser visto por Claus.
Artur sorriu:
- Ele tem piada, Jeremias.
E desapareceram os 3, deixando José K. confuso e enciumado.
Acabou por dormitar.
Foi acordado por Frida.
- Amor, 2 coisas. Primeiro perdeste a oportunidade de falar com Claus, ele acaba de sair. Em segundo, vou-te abandonar e passar a viver com o Jeremias, que se despediu e agora é empregado de mesa. Fica bem.
Sem saber o que fazer, José K. passa a noite a vaguear pelos longos, labirínticos corredores do edifício.
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