domingo, 3 de fevereiro de 2008

Not guilty!


Jean-Paul Sartre, o grande escritor/dramaturgo/filósofo existencialista francês uma vez sentenciou:

“O Homem está condenado a ser livre.”

Desconfio que, se Jean-Paul fosse vivo, reveria a sentença e diria:

“O Homem está condenado a ser livre. No entanto, por evidente – e excessivo – bom comportamento, comute-se a pena para: Condenado a viver em pseudo-democracias parlamentares governadas pela demagogia e populismo, com injecções diárias de entretenimento de forma a desviar a sua atenção, e com um acesso ilimitado, a raiar a overdose, de informação e contra-informação, de forma a lhe ser criada uma falsa sensação de liberdade, enquanto na verdade é mantido sob prisão domiciliária num ambiente profundamente condicionado e totalmente controlado.”

Bom, verdade seja dita, se Jean-Paul quando ditou a sua “sentença” soubesse que no início do século XXI os portugueses iam escolher António de Oliveira Salazar como o maior português de todos os tempos, e iam ler nos jornais artigos de opinião a chorar baba e ranho pela morte de Carlos I, no centenário do Regicídio, penso que diria:

“O Homem está condenado a ser livre. Excepto o Homem Português, claro! Esse está obviamente inocente de tudo.”

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