Nos últimos tempos (dias? semanas? meses?) as minhas incursões nocturnas ao reino de Morfeus não têm sido muito pacíficas, o que atribuo a poucas horas de sono, desgaste cerebral causado por intensa actividade física e intelectual e o facto de ser um cidadão da 3ª Idade (i. e., acima dos 30). O que é facto é que não raras vezes tenho sonhos muito intensos, na fronteira do pesadelo durante o que parece ser uma eternidade e vivo com as memórias desses sonhos dias depois de os ter tido.
Os meus sonhos não são sobre nada verdadeiramente horrível. Não há neles morte, dor, perda, luto, sangue ou sofrimento físico (embora haja psicológico). Nos meus sonhos (eu sonho sempre a cores e com som, e com uma first-person perspective – embora nem sempre eu seja eu nos sonhos) vejo-me sempre como a personagem principal de um psico-drama de contornos quasi-existencialistas, e interajo só com pessoas que conheço e conheci ao longo da vida, porém em cenários alternativos, e cuja improbabilidade roça o impossível. Muitas vezes esses ditos cenários são altamente dramáticos (hoje sonhei que um indivíduo que terei visto uma ou duas vezes na vida era o meu novo chefe e me despedia) e contrários a tudo o que sinto. Nos meus sonhos amo pessoas que não amo na vida real e não suporto ou são-me indiferentes pessoas que realmente amo. O turbilhão de sentimentos contraditórios é avassalador e sufocante.
Eu ainda não li Freud (de que me envergonho, mas realço o “ainda”), mas sou da opinião que não pode se reduzir o processo de sonhar a uma mera operação de “rebot do sistema” realizado pelo cérebro. Vou mais longe e comungo da opinião dos que pensam que não se deve cair no radicalismo de defender a existência de uma e uma só realidade. Os sonhos SÃO reais. Que importa se não são mais do que uma forte ilusão? O universo de um louco é a sua realidade. Quando dormimos os sonhos são a nossa vida. À noite o sonho parece-nos real e quando acordamos, se nos lembramos dele, temos memória de eles ter sido real. Umas semanas atrás tive um sonho em que um casal que eu não suporto e não vejo há mais de 5 anos eram os meus melhores amigos. E realmente durante essas poucas horas eu realmente senti por eles uma amizade que dificilmente poderei sentir “nesta” realidade. Nessa mesma noite sonhei que uma rapariga que não vejo há cerca de 15 anos e com a qual nunca tive um grande relacionamento era minha irmã e eu realmente amei-a como se fosse irmão dela e chorei quando ela acabou a universidade. Mais do que sonhos tenho retalhos de vidas que não vivi, memórias de factos que não são meus. Já para não dizer que tive 3 experiências premonitórias em sonhos. Duas delas na altura pareceram-me muito importantes, mas já não o são agora. A 3ª é uma coisa perfeitamente banal, mas não deixa de ser desarmante pela actualidade e exactidão.
Os meus sonhos não são sobre nada verdadeiramente horrível. Não há neles morte, dor, perda, luto, sangue ou sofrimento físico (embora haja psicológico). Nos meus sonhos (eu sonho sempre a cores e com som, e com uma first-person perspective – embora nem sempre eu seja eu nos sonhos) vejo-me sempre como a personagem principal de um psico-drama de contornos quasi-existencialistas, e interajo só com pessoas que conheço e conheci ao longo da vida, porém em cenários alternativos, e cuja improbabilidade roça o impossível. Muitas vezes esses ditos cenários são altamente dramáticos (hoje sonhei que um indivíduo que terei visto uma ou duas vezes na vida era o meu novo chefe e me despedia) e contrários a tudo o que sinto. Nos meus sonhos amo pessoas que não amo na vida real e não suporto ou são-me indiferentes pessoas que realmente amo. O turbilhão de sentimentos contraditórios é avassalador e sufocante.
Eu ainda não li Freud (de que me envergonho, mas realço o “ainda”), mas sou da opinião que não pode se reduzir o processo de sonhar a uma mera operação de “rebot do sistema” realizado pelo cérebro. Vou mais longe e comungo da opinião dos que pensam que não se deve cair no radicalismo de defender a existência de uma e uma só realidade. Os sonhos SÃO reais. Que importa se não são mais do que uma forte ilusão? O universo de um louco é a sua realidade. Quando dormimos os sonhos são a nossa vida. À noite o sonho parece-nos real e quando acordamos, se nos lembramos dele, temos memória de eles ter sido real. Umas semanas atrás tive um sonho em que um casal que eu não suporto e não vejo há mais de 5 anos eram os meus melhores amigos. E realmente durante essas poucas horas eu realmente senti por eles uma amizade que dificilmente poderei sentir “nesta” realidade. Nessa mesma noite sonhei que uma rapariga que não vejo há cerca de 15 anos e com a qual nunca tive um grande relacionamento era minha irmã e eu realmente amei-a como se fosse irmão dela e chorei quando ela acabou a universidade. Mais do que sonhos tenho retalhos de vidas que não vivi, memórias de factos que não são meus. Já para não dizer que tive 3 experiências premonitórias em sonhos. Duas delas na altura pareceram-me muito importantes, mas já não o são agora. A 3ª é uma coisa perfeitamente banal, mas não deixa de ser desarmante pela actualidade e exactidão.
3 comentários:
Sem dúvida que os sonhos são reais, mas também não podem ser lidos na forma de uma realidade linear assente em factos, e por este mesmo motivo carecem de uma interpretação.
Freud debruçou-se sobre a questão dos sonhos desagradáveis e a solução que encontrou nunca me pareceu muito convincente.
De qualquer modo, se posso ousar tentar esboçar alguma interpretação, os teus sonhos sugerem um vínculo ao passado e a procura de uma espécie de redenção neste passado, daí os sentimentos contraditórios.
Olha eu raramente me lembro dos sonhos que tenho.... a agitação que tenho algumas noites deve dever-se a sonhar...mas nunca me lembro sobre o que sonhei.... mas já acordei de repente algumas noites sem saber porque....
A justificação da memoria ram surgir em sonhos não me parece lógica nesta tua situação... se não gostas das pessoas nao gostas.... acho eu....
BJokas
É raro lembrar-me dos sonhos e só tenho alguma ideia dos mesmos quando acordo sobressaltada por causa de pesadelos bem realistas. Pudesse eu passá-los ao papel e Stephen King que se cuidasse.
A nossa mente é um espaço pouco explorado e fazer o arquivo das nossas memórias e experiências é uma tarefa complexa. Premonições nunca tive, mas tenho ouvido pessoas a contar a experiência.
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